14 de janeiro de 2011

Acredite: Arroz ajuda no controle de peso


“O arroz é alimento, bebida e medicamento.
Também é ritual e recordação, ornamento e história.
Mas atualmente, nestes tempos de refeições rápidas e famílias desagregadas,
Não passa de mera comida”
Florentino Hornedo (poeta filipino)


Essa é uma ótima Noticia, não é mesmo? Você, em algum momento, já deve ter ouvido ou dito: “Vou emagrecer, parei de comer arroz." Uma pesquisa norte-americana publicada na revista 'Nutrition Today' revela que o consumo de uma porção de arroz diariamente melhora a qualidade nutricional e reduz o risco de obesidade - e também o de hipertensão e síndrome metabólica. Pessoas com idade entre 19 e 50 anos que comiam arroz com freqüência tinham menos propensão a excesso de peso ou obesidade; apresentavam 34% menos chances de desenvolver hipertensão; 27% menos probabilidade de aumento na circunferência abdominal e 21% menos chances de desenvolver síndrome metabólica. Analisando dados de 1999 a 2004 do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) sobre a dieta de mais de 25 mil crianças e adultos, o estudo concluiu que aqueles que consumiam arroz regularmente apresentavam elevadas quantidades de diversos nutrientes essenciais: ácido fólico, diversas vitaminas do complexo B, potássio, vitamina A e fibras.

Composição Nutricional do arroz

O Arroz é uma excelente fonte de Carboidratos (energia), porém, não é só esse nutriente que o compõe. Quase a totalidade dos carboidratos presentes no arroz é representada pelo amido (amilose e amilopectina). Os carboidratos presentes no arroz são recomendados para substituir a ingestão de açúcar e gorduras e diminuir os riscos de diabetes e cardiopatias, pois é um alimento com baixo índice glicêmico (velocidade com a qual osalimentos elevam a taxa de açúcar no sangue, durante a digestão).

A concentração de proteína no grão de arroz é, em geral, próxima de 7% com pequenas variações. O arroz possui um perfil de aminoácidos essenciais mais adequados em termos nutricionais que o de outros cereais. A mistura com o feijão proporciona uma proteína de melhor qualidade, alcançando valores acima de 80%. Isso porque os aminoácidos existentes nos dois alimentos se complementam. O arroz pode ser consumido com diversos outros alimentos (leguminosas e pequenas quantidades de carne) para se tornar uma boa fonte de proteínas. Além disso, os aminoácidos provenientes das proteínas do arroz têm sido investigados por conta de sua propriedade anti-hipertensiva.

Possui uma concentração muito baixa de lipídios (menor que 1%). O farelo de arroz, no entanto, chega a possuir até 20%. Apesar de pouca em quantidade, é rica em ácidos graxos insaturados e não contém colesterol. O arroz polido tradicional apresenta uma quantidade menor de fibras (1,7%) em vista do arroz integral, que apresenta maior quantidade, chegando a 3,5%.

É uma importante fonte de vitaminas B1 (tiamina), B2 (riboflavina) e niacina. As mais abundantes são a niacina e a tiamina que por ficarem numa parte mais externa do grão são, em parte, perdidas no processo de polimento de arroz. Por isso o arroz integral possui uma quantidade muito maior do que o arroz polido. Uma ingestão diária de 150 g de arroz integral satisfaz 50% das necessidades de vitamina B1 e 40% das de niacina além de ser uma boa fonte de vitamina B6.

Apresenta ainda um volume considerável de ferro e zinco, elementos de muita importância na alimentação humana, visto que a deficiência de ferro atinge um terço da população mundial. Isso porque a maior parte das fontes de ferro é de origem animal, inacessível para a maior parte da população pobre e que tem sua dieta baseada em cereais. O arroz não possui glúten, sendo um alimento muito indicado para pessoas alérgicas a essa substância (celíacos).

Se você quer manter uma dieta saudável e rica em nutrientes, o arroz, seja ele polido ou integral, não pode faltar na sua mesa!


Composição do arroz (em 100 g)
Componente
Integral
Polido
Parbolizado
Água (%)
70,3
72,6
73,4
Proteína (%)
2,5
2,0
2,1
Gordura (%)
0,6
0,1
0,1
Carboidrato (%)
25,5
24,2
23,3
Fibra Alimentar (%)
0,3
0,1
0,1
Cálcio (mg)
12
10
19
Fósforo (mg)
73
28
57
Sódio (mg)
-
-
-
Potássio (%)
70
28
43
Tiamina (mg)
0,09
0,02
0,11
Riboflavina (mg)
0,02
0,01
-
Niacina (mg)
1,4
0,4
1,2


A ingestão diária de 400g de arroz cozido contribui para suprir 20% do aporte energético e 35% da necessidade de carboidratos em uma dieta de 2500 Kcal (valor médio para indivíduos do sexo masculino, 18 anos, 70 kg e praticantes de atividades físicas leves). Indivíduos com atividades físicas mais intensas (trabalhador braçal, atletas etc) podem consumir em torno de 570g de arroz cozido.
 
As famosas Dietas "descarboidratadas"

Muitas pessoas acreditam que o grande responsável pelos quilinhos extras é o Caarboidrato e estão redondamente enganadas. As famosas dietas e produtos 'low carb" (baixos teores de carboidratos) se tornaram populares nos ultimos tempos; dentre elas, estão as famosas Dietas do Dr. Atkins, da Zona e de South Beach. O engraçado é que todas elas tem o mesmo país de origem, onde por irônia,  65 % da população (norte-ammericana) é obesa. Deus precisará criar um novo ser humano que funcione sem carboidrato e não desenvolva efeitos colaterais e seqüelas? Enquanto isso, os "experts" continuarão insistindo em vender suas manobras metabólicas para a queima de gordura sem esforço.

As dietas "low carb" alteram o paladar e reduzem o apetite devido à alta formação e concentração de corpos cetônicos no sangue (cetoacidose). Os corpos cetônicos são substâncias derivadas da utilização de gordura como principal fonte de energia. Nesse tipo de alimentação ocorre um desvio do metabolismo: ao invés do corpo utilizar carboidratos como fonte de energia são utilizadas as gorduras, só que a um custo fisiológico alto, pois ocorre o desequilíbrio bioquímico do organismo.

Uma alimentação rica em proteínas certamente também é rica em gorduras, que aliada à restrição de carboidratos e fibras solúveis, elevam os níveis de colesterol, prejudicam as artérias, coração, funcionamento cerebral, sobrecarrega o trabalho renal para eliminação da uréia e creatinina (metabólitos da degradação de proteínas), provoca desidratação, obstipação intestinal, hálito cetônico, náuseas e dor de cabeça. Ocorre ainda carência de vitaminas e minerais (fome oculta), predisposição ao risco para desenvolver cálculos biliares e câncer. Há perda significativa de músculos gerando flacidez e quem pratica esportes sente fadiga muscular, falta de ar e de energia.

Em hipótese alguma, deve-se responsabilizar um único nutriente ou alimento como causador da obesidade, mas sim um conjunto de comportamentos alimentares e de estilo de vida. A obesidade tem causa multifatorial! No tratamento e prevenção da obesidade, é necessário equilibrar a ingestão de nutrientes, investir na variedade de alimentos (frutas, vegetais, grãos, cereais integrais), diminuir a ingestão de sal e açúcar, cuidar da qualidade e da quantidade da gordura ingerida.

Quando o objetivo é emagrecer a atenção deve estar voltada também para o Balanço Energético: calorias ingeridas e calorias gastas. Se a ingestão de calorias for maior do que o gasto energético, o resultado certamente é o aumento "silencioso" do peso corporal. Cada indivíduo é único e sua alimentação deve ser tão individual quanto suas particularidades físicas, clínicas, fisiológicas, hereditárias, psicológicas e sociais. Por isso, é fundamental o acompanhamento com uma nutricionista.

Não há "fórmulas mágicas" para o emagrecimento. Na maior parte das vezes, quando uma dieta nova é lançada, é quase que certo que os interesses econômicos que existem por detrás são bem maiores do que a promoção da Saúde Pública.

Uma boa alimentação resulta
em melhores condições de saúde,
maior capacidade de aprender e 
de trabalhar,melhor desenvolvimento
 físico e mental.
Melhor qualidade de vida.
Um Brasil melhor!
 
Espalhe essa idéia ;)




FONTES:
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Simdrome Metabólica
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

3 comentários:

  1. Muito bacana a notícia e feliz também! Agora, já posso comer arroz sem ficar com dor na consciência... Bjs
    http://jornalistadeferias.blogspot.com

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  2. Muito bom saber!
    Na minha casa, por conta de alguns problemas de saúde, estamos num processo de reeducação alimentar...Arroz só integral! (e confesso que gosto bem mais que o branquinho, pode?!) hehehe

    ;D

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  3. Lidiane,
    Pois é, pode sim!

    Karla,
    Claro que pode. Aliás, deve!
    O arroz integral é 'completo', rico em fibras, proteínas, minerais e vitaminas do complexo B.O branco é moido e refinado; processo que lhe retira o farelo e o gérmen, juntamente com todos os nutrientes que se encontram nestas importantes camadas; resumindo, perde 75% do seu valor nutritivo.
    Continue assim!

    Voltem sempre.

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