4 de fevereiro de 2011

Você conhece os benefícios do arroz preto?

 O arroz é um alimento mundialmente conhecido e está presente no prato da maioria dos brasileiros. Uma variedade exótica tem ganhado o gosto do povo, principalmente pelos benefícios que trás a saúde. O arroz preto, que  possui grãos curtos e meio arredondados, surgiu há mais de 4.000 anos, na China. Era conhecido com o "arroz proibido"; Raros, seus poucos grãos brotados eram reservados apenas ao imperador. Acreditava-se que o arroz preto tinha poderes afrodisíacos, além de garantir longevidade ao soberano e a todos os seus descendentes. No Brasil, pesquisas incluindo esse alimento tiveram início em 1994, desenvolvidas pelos pesquisadores do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo.

 
A película que envolve o grão do arroz é rica em carboidratos, óleos, proteínas, compostos fenólicos (substâncias que previnem o envelhecimento por seu poder antioxidante); fibras, as quais dão saciedade, facilitam o trânsito intestinal e, de quebra, evitam picos de insulina, além de ajudar no controle do colesterol; cobalto; vitaminas: A; B1, importante para o bom funcionamento dos sistemas cardiovascular e nervoso; B2; B6; B12; niacina; ácido nicotínico; ácido pantatênico; pró-vitaminas C e E.

De modo geral o conjunto desses compostos, presentes na casca e interior do grão, evita a formação de resíduos tóxicos provenientes da fermentação excessiva; degeneração celular ou doenças malignas, como câncer de cólon e reto; promove melhoria na função celular, no fluxo sangüíneo, na oxigenação dos tecidos e do cérebro; previne o envelhecimento precoce, a hipertensão arterial, o diabetes, doenças da pele, além de beneficiar o funcionamento do coração e dos rins.

Tabela nutricional do arroz para cada 250 gramas de arroz cozido
Alimento
Calorias
Proteínas
Carboidratos
Gorduras
Fibras
Arroz Polido
346,7 Kcal
7,2 g
78,8 g
0,3 g
1,6 g
Arroz Integral
344 Kcal
7,2 g
72 g
2,6 g
3,4 g
Arroz preto
346 Kcal
9,8 g
72 g
2,0 g
4,8 g

Nota-se também uma diferença considerável de magnésio e Vitamna B1; o arroz integral apresenta 0,26 mg e 110 mg, respectivamente, enquanto o arroz preto 0,34 mg e 190 mg.
 

* Vale a pena lembrar: Nenhuma das informação deste blog substitui uma orientação nutricional! Consulte um nutricionista para um Plano Alimentar Individualizado.

3 de fevereiro de 2011

Obesidade causa encolhimento do cérebro, diz estudo



Pesquisadores americanos mostraram que a inflamação crônica causada pela obesidade no organismo pode ser responsável pela diminuição do tamanho do cérebro. Este é o primeiro estudo a relatar que a inflamação oriunda da obesidade pode diminuir a integridade de algumas estruturas cerebrais envolvidas no comportamento alimentar. O trabalho foi publicado no dia 8 de janeiro na New Scientist.
 
Quanto maior sua cintura, menor seu cérebro. Esta é a conclusão de um grupo de pesquisadores da New York University School of Medicine, liderado por Antonio Convit. A literatura científica já provou que a obesidade está ligada à diabetes tipo 2, que é associada ao comprometimento cognitivo. O grupo desejava descobrir o impacto da obesidade sobre a estrutura física do cérebro. Com a ajuda da ressonância magnética, a equipe compararou o cérebro de 44 obesos com o de 19 pessoas magras da mesma idade e background semelhante.

 
Eles descobriram que os obesos têm mais água na amígdala, parte do cérebro envolvida no comportamento alimentar. Já o córtex orbitofrontal é menor em indivíduos obesos. Essa área do córtex é importante para controlar o impulso e também está envolvida com os hábitos alimentares. "Isso pode significar que existem neurônios a menos, ou que esses neurônios estão contraídos", diz Convit. A obesidade também está associada a um estado crônico de inflamação no organismo, inclusive no hipotálamo, estrutura chave para a alimentação. Isso poderia explicar a mudança no tamanho do cérebro.
 
Outro estudo realizado Universidade da Califórnia mostrou que idosos acima do peso carregam um gene que também está relacionado à diminuição do volume cerebral. Geraram mapas cerebrais em 3-D de 200 idosos caucasianos saudáveis. Encontraram um padrão de diminuição no volume do cérebro em portadores de uma sequência específica do DNA (também chamada de alelo) dentro do gene associado à gordura e à obesidade. Ao passo que em idosos que não carregavam tal gene essa relação não existia. As diferenças entre os volumes cerebrais não podem ser atribuídas a outros fatores relacionados à obesidade, como altos níveis de colesteraol, diabetes ou pressão alta. O trabalho foi publicado no site PNAS Early Edition (Proceedings of the National Academy of Sciences). O presente estudo não identifica o mecanismo por trás da atrofia cerebral que o gene carrega, e não consegue determinar o local na sequência do DNA em que estão os fatores que influenciam a obesidade. Os pesquisadores sugerem que essa variante genética pode contribuir para a degeneração do cérebro, além da própria influência do peso corporal da pessoa.
 
A obesidade atinge 400 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, pelo menos 3,5 milhões de pessoas estão em estado de obesidade mórbida. Além das constatações de perdas neurológicas apontadas no estudo, a obesidade provoca uma série de outros problemas, como diabetes tipo 2, que prejudica a sensibilidade das pessoas à insulina, resultando no acúmulo de açúcar no sangue. A falta da insulina provoca perturbações na atividade da dopamina (neurotransmissor que desempenha um papel importante na sensação de amor e prazer), podendo causar outros distúrbios cerebrais, como a depressão, doença de Parkinson, esquizofrenia, défcit de atenção e hiperatividade.
 
FONTE:
Revista Época

2 de fevereiro de 2011

Estamos caminhando para uma sociedade vegetariana?


Em países como a China e o Brasil, o consumo de carne está aumentando dramaticamente. O consumo mundial de carne vermelha quadruplicou desde 1961. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) espera que isso leve à duplicação da produção mundial de carne até o ano de 2050 A questão é: Noso planeta e seus recursos limitados conseguirá suprir todas as necessidades do futuro?  De acordo com o Dr. Peter Eisner, do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, produzir um quilo de carne consome entre sete e 16 kg de grãos ou soja como ração animal. Nos EUA, cerca de 80% do grãos produzidos vira alimento para o gado. Gasta-se 40 metros quadrados de terras agricultáveis para produzir um quilo de carne, mas o mesmo espaço pode produzir 120 kg de cenouras ou 80 kg de maçãs.

Substituição da carne por vegetais
"As plantas são uma fonte de alimentos de alta qualidade, mas elas também podem fornecer matérias-primas para aplicações tecnológicas - e são uma fonte de energia," salienta o pesquisador. É o caso das sementes de girassol: até agora elas têm sido usadas para a produção de óleo, e seus resíduos servem como alimento para o gado. Como resultado, uma área de 2 ½ acres de terra gera uma renda de cerca de 950 euros. Se todos os componentes da semente de girassol fossem processados e convertidos para matérias-primas de alta qualidade para a indústria alimentar, indústria de cosméticos e de combustível, a mesma área de terra geraria para o agricultor uma renda de €1.770,00.


O tremoço é uma leguminosa da
mesma família da ervilha e da fava e
bastante rico nutricionalmente (36 a 52% de
 proteína, 5 a 20% de gordura, 30
a 40% de fibra alimentar).
 Substituto do leite
Eisner acredita que os ingredientes alimentares à base de plantas podem desempenhar um papel particularmente importante como um substituto para os alimentos de origem animal. Ele apresentou um "substituto do leite" que não contém lactose, tem um sabor neutro, isento de colesterol e rico em ácidos graxos poli-insaturados. É feito de proteínas de tremoço, e adequado como base para a preparação de alimentos como sorvete ou queijo. Suas sementes também são o ingrediente básico de uma nova proteína vegetal com propriedades parecidas com gordura, que foi desenvolvida pela pesquisadora Daniela Sussmann, do mesmo instituto alemão. Um método especial de produção, aplicado às sementes de tremoço, produz uma suspensão de proteínas com uma consistência muito cremosa, altamente viscosa. "A estrutura microscópica do produto assemelha-se às partículas de gordura em uma salsicha. Então você pode usá-lo para a produção de salsichas com pouca gordura, com um gosto que equivale exatamente ao original," acrescentou a cientista.

Proteínas das plantas
Em testes sensoriais, Daniela investigou se a adição de proteínas de tremoço poderia melhorar a sensação gustativa de uma receita de linguiça com pouca gordura. Com sucesso: "Com a adição de 10 por cento da proteína que isolamos, fomos capazes de melhorar sensivelmente a impressão de gordura de uma salsicha de baixo teor de gordura." Como as salsichas e produtos similares estão entre os alimentos com os mais altos níveis de gordura, este seria certamente um passo na direção certa para melhorar a qualidade nutricional dos alimentos industrializados. Se uma parte da gordura for substituída com proteínas derivadas das plantas, todos se beneficiariam: o consumidor, ao comer menos gordura, o agricultor, ao obter uma renda maior pela sua produção, e o meio ambiente, porque as plantas podem ser produzidas de forma mais sustentável do que a carne.

FONTE:
Diário da Saúde.

1 de fevereiro de 2011

Icesp cria 'cardápio' contra o câncer


O consumo de alimentos com variedade, qualidade e quantidade adequadas é um dos principais fatores na prevenção do câncer. Por isso, o setor de Nutrição e Dietética do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, preparou uma lista com alguns alimentos que auxiliam na prevenção contra a doença (veja tabela abaixo). Algumas substâncias como o Ômega 3, encontrado em peixes, e os polifenóis, presentes na maça, diminuem a formação de compostos inflamatórios, o envelhecimento celular e, consequentemente, a proliferação de células tumorais. Já as fibras solúveis, presentes em alimentos como brócolis, couve manteiga e couve-flor, inibem a formação tumoral, diminuindo a possibilidade de mutações genéticas.
 
Os hábitos diários também podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer. O sedentarismo, por exemplo, é um fator negativo para as pessoas que buscam qualidade de vida.  A prática de atividade física diminui a resistência à insulina, tornando menor o risco de câncer colorretal, por exemplo. A obesidade também merece atenção. A ingestão alimentar excessiva leva a um aumento de peso, que causa regulação prejudicada da glicemia e hiperinsulinemia e, como consequencia, aumenta o risco do surgimento de tumor no pâncreas, fígado e rins. Outro efeito da obesidade em longo prazo é a Diabetes, que está relacionada com o desenvolvimento de câncer de fígado, endométrio, cervical e mamário.

Na contramão deste consumo saudável, há os alimentos que potencializam o desenvolvimento de um câncer e que devem ser evitados ou, então, consumidos com moderação, já que são ricos em gordura saturada. Bons exemplos são os de origem animal (carne vermelha, leite integral e derivados e bacon), que podem causar inflamação e alteração dos níveis de hormônios no sangue. A inflamação e o excesso de açúcar no sangue levam à intoxicação das células, o que favorece o desenvolvimento de tumores.

“Não podemos reduzir os alimentos a duas grandes listas: ‘heróis’ e ‘vilões’ da alimentação. Os principais erros em nossos hábitos alimentares não estão relacionados, exclusivamente, a ‘o quê’ comemos, mas também ao ‘quanto’ e ‘com que frequência’ nós consumimos alguns alimentos”, esclarece Suzana Camacho Lima, gerente de Nutrição do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.

Confira alguns alimentos que possuem propriedades funcionais que contribuem na prevenção do câncer:

Alimento
Substância
Efeito no organismo
Tomate
Licopeno
Potente alimento anticancerígeno
Laranja
Ácido ascórbico, carotenóides, monoterpenos e limonemos 
Ação antioxidante e diminuição da toxicidade de substâncias mutagênicas
Peixes
Ômega 3
Ação antioxidante. Diminuição da proliferação de células retais cancerígenas, redução do risco de câncer de laringe.
Frutas e vegetais vermelhos e roxos
Flavonóides (antocianina e quercetina) e resveratrol (casca de uvas e vinho)
Elevada ação antioxidante, anticarcinogênico e antitumoral
Soja
Isoflavonas
Ação antioxidantes, antitumoral e hipolipemiantes
Frutas alaranjadas e amarelas
Carotenóides
Protegem o DNA contra oxidação
Brócolis
Isotiocianatos
Ação anticancerígena e morte tumoral


31 de janeiro de 2011

Colesterol, quem é você?

Este é um assunto que dá o que falar, não é mesmo? Se todos os brasileiros fizessem agora um exame de sangue para medir o colesterol, cerca de 40% veriam que a taxa já ultrapassou os limites saudáveis. Quase metade da população enfrenta problemas com esse conhecido vilão, sempre associado a infartos e derrames quando está em excesso. Mas a grande verdade é que sem ele a gente não sobreviveria. O colesterol é essencial ao organismo pois desempenha funções vitais. Ele serve de matéria-prima para a produção de hormônios, do ácido biliar que regula a digestão e da vitamina D e entra na construção de membranas celulares.




LDL (low density lipoprotein)
A lipoproteina de baixa densidade é a famosa vilã. Essa lipoproteina tem na sua composição 45% de puro colesterol. No seu trajeto pelo organismo, pode deixar parte dele no caminho. É assim que essa molécula se deposita na parede das artérias.


 




HDL (high density lipoprotein)
A lipoproteina de alta densidade funciona como uma vassourinha: recolhe o colesterol que o LDL deixou escapar no sangue e leva o excesso para ser absorvido no fígado. Por isso carrega a fama de bom colesterol.




Cerca de 70% do colesterol é produzido pelo próprio corpo. O restante vem da dieta. Ele está presente nos alimentos de origem animal, como carne, gema do ovo, frios, embutidos, leite integral, manteiga e queijos. É uma espécie de veículo transportador, a molécula quilomícron leva o colesterol e outros alimentos ingeridos do intestino até o fígado. Lá forma as VLDL, moléculas cheias de colesterol e proteínas. No sangue, a enzima lipase quebra as tais VLDL. Dessa reação surge o LDL. O restante forma o HDL, que tem o papel de recolher o LDL em circulação, levando-o de volta ao fígado para ser eliminado. O HDL não consegue transportar quantidades gigantes de LDL. Por isso o excesso do mau colesterol, seja por causa de uma dieta inadequada ou de um desequilíbrio orgânico, vai se acumulando na parede das artérias.

O colesterol em excesso vai se depositando na parede dos vasos e oxidando. Esse acumulo altera o endotélio, que é a camada que recobre internamente as artérias, facilitando o depósito de outras substâncias, como cálcio e fibrina. O resultado é a temida placa ou ateroma, recheada de gordura por dentro. A pressão exercida sobre ela é tão grande que pode provocar uma inflamação e até o seu rompimento. Nos dois casos há perigo de infarto ou derrame à vista: seja pelo próprio aumento da placa ou pelo coágulo que surge de um rompimento, a passagem do sangue pode ficar completamente obstruída. Os valores considerados ideais no sangue dependem dos fatores de risco da pessoa:

Adultos saudáveis:
Colesterol total até 200 mg/dl
• LDL menor que 160
• HDL acima de 40 (mulheres devem ter essa taxa acima de 50)

Quem tem mais de dois fatores de risco
(fumo, hipertensão, histórico familiar, obesidade):
• LDL abaixo de 130
• HDL acima de 45 (mulheres acima de 50)

Pessoas com doenças coronarianas ou diabete:
• LDL menor que 100
• HDL maior que 45 (mulheres acima de 50)


Em breve, dicas sobre as mudanças na alimentação que contribuem para a redução do LDL e aumento do HDL. Aguardem. 

30 de janeiro de 2011

Novo cálculo do metabolismo


A Nutricionista Alessandra Rodrigues, da Universidade de São Paulo, desenvolveu uma fórmula para calcular o metabolismo basal feminino, que é a quantidade calórica ou energética que o corpo utiliza em repouso, para o funcionamento de todos os órgãos, por exemplo, o coração, cérebro, pulmões, intestino, etc. A equação mais usada atualmente, a de Harris-Benedict, foi criada no início do século passado e produz um resultado acima do valor real.
 
"Essa fórmula está defasada e foi baseada na população europeia. Ela aumenta até 19% o gasto calórico real das mulheres brasileiras", diz Alessandra. Resultado: Pela fórmula antiga, as mulheres acreditam erroneamente que podem comer mais sem engordar.

Um exemplo: Uma mulher de 35 anos e 60 quilos distribuidos em 1,70 metro gastaria, pela fórmula antiga, 1.373 calorias por dia, em repouso, conta 1.270 da fórmula nova. A nutricionista chegou aos novos números depois de avaliar 1.360 mulheres em um período de catorze anos.

 
Harris-Benedict:
GMR (Gasto metabólico de repouso) = 655 + (9,6 x peso) + (1,8 x altura em cm) - (4,7 x idade)

Nova Fórmula:
GMR = 407,57 + (9,58 x peso) + (2,05 x altura em cm) - (1,74 x idade)



FONTE: Revista Veja