20 de janeiro de 2011

Alterações na dieta visam reduzir o impacto do aquecimento global

19/01/2011

Alterações na atual dieta das populações do planeta são uma das principais formas propostas para se reduzir o impacto do aquecimento global na produção mundial de alimentos. De acordo com o Fundo Ecológico Universal (FEU) - uma organização não governamental que divulgou no dia 18 o mais completo estudo já realizado sobre o assunto -, tais mudanças são necessárias para que o número de desnutridos no mundo não aumente de forma exponencial. A adaptação dos cultivos à nova realidade é uma outra maneira. Segundo os especialistas, o ganho na produção pode ser de até 10%.

O consumo médio de cereais, em todo o mundo, é de 43%, enquanto que quase 18% são raízes e tubérculos (como, por exemplo, batata e batata-doce). Já a média global de consumo de proteínas tem sido de 9% de carnes e derivados, e 20% de leite e produtos lácteos (excluindo manteiga) desde 1990.

Mais feijões e lentilhas como fonte de proteína

Para enfrentar a diminuição da produção de alimentos e ainda manter uma dieta equilibrada e saudável, algumas das orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) poderão ser revistas. Por exemplo: comer mais raízes e tubérculos em vez de cereais.

A produção desses alimentos precisaria aumentar. Porém a expansão do cultivo de batatas teria que ser feita em regiões de temperaturas mais baixas, já que o calor é um fator que limita grande parte da produção. Neste caso, a melhor adaptabilidade das batatas-doces torna este tubérculo o mais adequado para um aumento na produção.

Com relação às proteínas, poderiam se buscar outras fontes, elevando-se o consumo de leguminosas como feijão e lentilhas, cujo teor deste nutriente varia de 18% a 25%. Em países em desenvolvimento, o consumo de leguminosas corresponde a 5% da dieta diária, enquanto nas nações ricas este índice é de apenas 0,5%. A produção de lentilha - que tem 25% de proteína - poderia ser aumentada significativamente, deslocando-se o plantio da primavera para o início desta estação ou no outono.

De acordo com os especialistas, algumas mudanças cruciais poderiam ser adotadas também para adaptar a agricultura mundial a um mundo mais quente. Uma delas seria a realocação de cultivos e da criação de gado (com mudanças também nos períodos do ano destinados a cada etapa do processo), além do uso mais eficiente da água em regiões com menor precipitação de chuvas.

O relatório reforça a necessidade de um planejamento mais efetivo para a adaptação às mudanças climáticas e investimentos em novas tecnologias e infra-estrutura.  O ideal, claro, seria que os países chegassem finalmente a um acordo para a redução dos gases-estufa, o que poderia conter a elevação das temperaturas num patamar menos perigoso, abaixo dos 2 graus Celsius.

Até agora, entretanto, todos os esforços para se alcançar um acordo global nesse sentido fracassaram. Para que alguma mudança significativa fosse alcançada, os países desenvolvidos - que respondem por 50% das emissões - precisariam reduzir seus lançamentos drasticamente, de 25% a 40% abaixo dos números de 1990, até 2020.

FONTE:
Conselho Federal de Nutricionistas

7 comentários:

  1. Esse post se tornou pra mim, curioso xD

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  2. Contato que nosso corpo não sentisse nenhuma mudança com essas adaptações, tem tudo para dar certo. O problema é que duvido que se chegue a um acordo global porque tem sempre um do contra. Por exemplo: se isso for diminuir a produção de soja do Brasil, a alternativa esperta é não aceitar, já que é o que mais exportamos.
    Os países prezam muito mais o desenvolvimento que as questões globais, e só se importam com essas quando não prejudicam seu crescimento.
    Vide: China e o Protocolo de Kyoto.

    Parabéns pelo blog, adorei a informação.
    Se quiser me visitar: http://nexosereflexos.blogspot.com/
    estarei te esperando!

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  3. Você faz faculdade de nutrição ?
    Nossa,dizem que é super legal , interessante ...
    Boa Sorte na sua faculdade e seus sonhos que com certeza você irá realizar.
    O texto é bem interessante e torço pra que isso dê certo .
    Abraço.

    passa aqui : http://yorranafeelings.blogspot.com/

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  4. Victória,
    Infelizmente tenho que concordar com você.
    As questões globais são muito mais sérias, porém, o desenolvimento, princialmente econômico, está sempre em primeiro plano.
    Obrigada, um abraço.

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  5. words in the wind,
    Sou graduanda no curso de nutrição sim.
    Bom, eu me apaixonei pelo curso e pela minha futura profissão. Muito Obrigada! Um Abraço.

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  6. Que pena , que as pessoas não se interessa muito por esses assunto ! que daqui pra frente vai ser muito pior , do que ja está hoje !
    Parabens, pelo seu blog , e também pela sua profissão que linda , e ajuda as outras pessoas *-*
    ja estou seguindo , se puder seguir o meu também agradeço =D
    http://amomuitotudoissso.blogspot.com/

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